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domingo, 9 de outubro de 2011

Parágrafos da sede


Animal do deserto, o sexo. Expulso da alegria, Que procura ainda, no território da sede? Outra boca, mordendo a poeira? A língua do sol, entre a cegueira e o cio? A semente do linho?
Animal do deserto, marrando contra o muro.

Eugénio de Andrade, Memória doutro rio