maganyos
Folhas ao vento
esparzem no ar diáfano
melodias.
Paixões, desejos, ilusões,
tudo se condensa no momento
como choro de recordações.
Raza o seu fim este outro outono
num baile de folhas ciosas
que não represam o calor do verão
ou perfume de rosas...
Rubras, castanhas...
ou em verdes amarelados,
são como macias sedas
crocantes,pisadas, gritantes,
laivos de vida extenuados...
- vida/vidas a preparar o fim, expectantes,
cores outonais no estremecer da ternura contida.
Sob rescaldo de paixões,
imersas em véu de água ou de luz,
essas folhas ao vento
semelham fímbrias de cetim;
e traçam no ar nítido, leve,
um baile que seduz...
... mítico canto de negro cisne
a rasgar fundo as emoções.
S.G.
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