Livro no regaço, pés sobre o coxim,
Devaneio, insone, toda eu presa a ti,
Imbuído que está meu pensamento
Que se projecta no tempo do que li.
Medito calma na noite de cetim;
Sofro calada o fogo de um anseio
E nunca entendo o teu silêncio que proveio
De malquerer, egoísmo, ou algo assim...
Pressinto então em mim o ardor do pranto
E não te suplicar amor é o mais certo.
Por instinto sei e não me espanto
Que quando for para ti um livro aberto
Tu não vais querer mais saber de mim...
Sofia Guiomar, Amargura, 2009-08-13
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