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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ARQUIPÉLAGO



Eis-nos como ilhas submersas:
À tona bóiam os restos que nos consentem,
Iluminados por um luar que a poesia recusa.

Do Dilúvio - se afinal o foi -
Tudo foi inútil,
Como há muito o éramos,
Ilhas que fôramos.

Como ilhas de ódio cercadas,
Estagnando o sonho e o sonho,
Como ilhas vivíamos...
Se a vida era o olhar indiferente
E o gesto petrificado.

Como ilhas éramos todos,
Ilhas agora submersas:
À tona, bóiam
Os restos que nos consentem.

Tomaz Kim, (FLORA & FAUNA)

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