Conheço as partes altas da minha alma
Onde o silêncio chove das horas pálidas,
O meu jardim morre, o Teu jardim começa,
A Tua eternidade flutua como uma bandeira
E as Tuas aves têm espaço para voos sem orlas.
Nesta fronteira as brisas desfolham as florestas
E ouve-se o rumor do grande país longínquo.
Nuno Sampayo, A Orla e o Tempo