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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Poder...


Singra o seu rumo...
A força comandada do navio;
E deixa atrás de si, no mar vazio,
 Ironias de fumo.

Firme na sua fé,
Leva na proa um porto;
E lá de quando em quando atira um morto
Aos tubarões da ré.

Pasmo de céus, de brumas e de ventos,
Nem a lua é capaz
De acompanhar nos livres firmamentos
Aquela marcha audaz

Miguel Torga, Lamentação







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