Falta a luz dos teus olhos na paisagem:
O oiro do restolho não fulgura.
Os caminhos tropeçam, à procura
Da recta claridade dos teus passos.
Os horizontes, baços,
Muram a tua ausência.
Sem transparência,
O mesmo rio que te reflectiu
Afoga, agora, o teu perfil perdido.
Por te não ver, a vida anoiteceu
À hora em que teria amanhecido...
Miguel Torga, (1963)
Imagem e poema belissimos.
ResponderEliminarOs seus também o são.
ResponderEliminarMas por vezes me acanho de o dizer.