O SOPRO INTERIOR
Passa um barco no rio. Volto a vê-lo
Depois, só nas velas insufladas,
Por sobre a multidão, o casario,
Outras faces da vida afeiçoadas.
Vai depois seguindo a sua rota.
Esqueço-me dele. Entanto surge
Por onde não há rio nem gaivotas.
Porém,
Coloco-o sobre as nuvens e assopro
Nas velas brancas o destino amado.
Ruy Cinatti, O Livro do Nómada Meu Amigo
O divagar da vida, lindo poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria