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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nem eu sei...





Nem eu sei porque choro ao pé de ti
agora que o meu pranto aborreceste.
Choro talvez o amor que me tiveste,
Choro o teu coração que já perdi.

O teu rosto era triste; agora ri
contente deste mal que me fizeste.
Se o que fui para ti tudo esqueceste
eu nunca, do que foste, me esqueci.

Porque te quero ainda meu amor?...
se tu não compreendes este horror?...
Porque me prende tanto esta altivez?

Olha-me bem: se as lágrimas caídas
ao pé de ti são poucas, são mentidas,
crê ao menos naquelas que não vês.

Virgínia Vitorino, Namorados

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