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domingo, 27 de novembro de 2011

Aceitar-se...Gostar de si...



« Dá-me tanta tristeza narrar estas lembranças!
Há já seis anos que o meu amigo se foi com o seu cordeiro.
Se tento descrevê-lo aqui, é precisamente porque não o quero esquecer.
É triste esquecer um amigo!
Nem todos têm um amigo.
E  eu corro o risco de ficar com as pessoas grandes,
que só se interessam por números.»

Saint- Exupéry

«Mas nós,
nós que compreendemos a vida,
não ligamos aos números.»
Saint-Exupéry

Que tenhamos claro dentro de nós o seguinte:

Não posso confiar nos outros,
sem primeiro confiar em mim.
Não posso valorizar os outros,
sem antes me valorizar.
Não tenho condições de cativar alguém,
se eu mesmo não gosto de mim,
se nem a mim mesmo eu cativei.

A arte de compreender a vida exige necessariamente a arte de valorizá-la.
Sou um mistério do amor [de Deus], inconfundível e único, pensado e criado para a felicidade.

E porquê, tantas vezes, vivo insatisfeito?
Porquê não consigo alegrar-me com o que sou, com a vida que brota em mim, com as infindas possibilidades de realização que o dia a dia me oferece?

Ainda não me cativei. Talvez seja esta a verdade...Não sei gostar de mim mesmo. não sei amar-me. E isso não é bom...
Se a medida do amor aos outros deve ser a medida do amor que tenho a mim mesmo,
como poderei amá-los, sem amar-me?

«Ama ao próximo como a ti mesmo», diz Jesus Cristo.

E se não gosto do que é meu,
se não gosto do que faço,
que condições terei para gostar do meu próximo,
de amar o que é seu,
de apreciar o que ele faz?

Li, num cartaz sobre a vida, uma frase que nunca mais esquecerei:
«É verdade que tenho pouco,
mas GOSTO do pouco que tenho.»


É assim mesmo, amigo!
O amor faz o pouco ser bastante...


C. A. Schmitt