Quem como eu em silêncio tece
Bailados, jardins e harmonias?
Quem como eu se perde e se dispersa
Nas coisas e nos dias?
Como flor incerta entre os teus dedos
Há harmonias de um bailar sem fim,
E tens o silêncio indizível de um jardim
Invadido de luar e de segredos.
E tens o silêncio indizível de um jardim
Invadido de luar e de segredos.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética I
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