Demoramos depois
de cada passo
de cada passo
cada palavra que temos
na garganta
Cada cidade
ou mesmo cada lágrima
Demoramos depois de
cada largo
um só jardim nos olhos
que não espanta
cada largo
um só jardim nos olhos
que não espanta
E um candeeiro calado
em cada canto
e o vento selado
sobre os ombros
como a saudade marcada
na garganta
e os dedos fincados sobre o sono
E cada hora em cada
passo
dado
e todo o medo transformado em raiva
e toda a dor dos olhos
só tem água
só tem água
Não não é apenas
aquilo que pensamos
que nos devora enquanto
demoramos
Maria Teresa Horta, Jardim de Inverno
Esperemos que neste novo ano tudo mude, que demoremos , porque os jardins estão floridos, as ruas iluminadas, as pessoas com sorrisos olhos brilhantes. Que nos demoremos por em cada passo algo de belo nos espante. Obrigada, Maria por este belo momento e pelo carinho que me tens dispensado. Continuaremos juntas e amigas por todo o tempo que a vida nos conceder. Um beijinho e até sempre
ResponderEliminarEmília