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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Carne envilecida...


Esta carne envilecida e santa,
a gerar os prados e a nuvem e a chuva,
lavada pelo sol e pelo vento...

Esta carne envilecida e santa,
apodrecendo em todas as latitudes,
presente na angústia da noite devastada...

Esta carne envilecida e santa,
forçada a negar a verdade pressentida,
ecoando os versos dos poetas desconhecidos...

Esta carne envilecida e santa,
abrindo-se em flor aos quatro cavaleiros,
é o homem e a vida breve.

Tomaz Kim (1915-1967)

2 comentários:

  1. Uma carne vítima da sua própria materialidade.

    Desconhecia o autor, obrigado pela partilha.

    beijinhos

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    Respostas
    1. Relativamente conhecido entre nós, de facto.
      Com uma certa originalidade, entretanto.
      Beijinho.

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