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domingo, 22 de maio de 2011

Rejeição



Pessoas que rejeitam outras, ou rejeitaram e que talvez sintam a inconsciente fobia de virem, um dia, a ser rejeitadas, são, por norma, calculistas, frias, cerebrais, preocupadas apenas consigo e os seus interesses, estes por si considerados sagrados e que os movem.
Os outros são peças no vasto tabuleiro de xadrez que é o mundo.
Costumam ter um olhar frio, reptilíneo, vítreo, incapazes, por opção, de olhar o outro apreciando-o na complexidade individual de um outro ser de igual valor. Convém-lhe ou não lhe convém... e é tudo.
Se momentaneamente sofrem de um ou outro tipo de atracção mais humano, menos cerebral, cedo regressam sobre os próprios passos, tecendo um qualquer juízo de valor... confessando breve para si, com alívio: - "do que me livrei!"
Nem deixam, frequentemente, de ser pessoas encantadoras, ás vezes de meter no coração, como diz o povo... Mas essa aparente bonomia faz parte de uma estratégia de auto-defesa do tipo:"estou a testar-te, porque se não fores por mim, és contra mim".
E nessas pessoas, muitas vezes de elevada inteligência e muito saber, instala-se o que considero uma espécie de mediania de afectos, estes superficiais ou incompletos, eivados de muita razão e pouca emoção por esta ser poe elas considerada uma fraqueza da vontade.
Há pessoas assim. Mas entre estas e as puramente passionais... prefiro, incondicionalmente, as primeiras se tiverem carácter e se forem honestas e generosas,
pois não será por elas que virá muito mal ao mundo.

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