De um amor morto
sepultado no tempo
surge em condensação
duma afeição rara
a beleza do abraço
mais íntimo
mais voraz
mais nu
O arco-íris risca no firmamento
o desafio ao Sol
Brilha o luar mais do que a Lua
Sente-se o perfume da rosa
e não a rosa
É poesia a silenciosa
distância entre a emoção
e o seu canto
É poema ainda o já poema?
O amor talvez seja o que do nada resta.
Merícia de Lemos
Sem comentários:
Enviar um comentário