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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Amor

De um amor morto
sepultado no tempo
surge em condensação
duma afeição rara
a beleza do abraço
mais íntimo
mais voraz
mais nu

O arco-íris risca no firmamento
o desafio ao Sol
Brilha o luar mais do que a Lua
Sente-se o perfume da rosa
e não a rosa
É poesia a silenciosa
distância entre a emoção
e o seu canto

É poema ainda o já poema?

O amor talvez seja o que do nada resta.

Merícia de Lemos


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