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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Moinhos da vida...


Los hijos de Don Quijote

Éramos jovens e todos os moinhos
Que vislumbrávamos ao fundo dos caminhos
Eram gigantes para investir e derrubar
A bela e famosa Dulcineia nos pedia
Para irmos sem delongas batalhar
Éramos jovens e as fitas azuis esvoaçavam
Ufanas das venturas que trilhavam
Entre as dezenas multicores dessa folia
Cantávamos bebíamos gritávamos
E em cada grito que já ninguém ouvia
Soava toda a esperança que sonhávamos
Como se o futuro coubesse num só dia
Alguns partiram já mas ficou a saudade
Da quimera que foi a nossa mocidade
E quisemos que chegasse à eternidade
Éramos jovens e vão cinquenta anos
Sortilégio de amores venturas desenganos
Trabalhos e doenças fracassos alegria
A súmula da vida que a todos contagia
Na taça com que afinal brindamos este DIA

                                             F. Salgado
                                                                        
                                                     Portalegre, 29 de Maio de 2013

4 comentários:

  1. O passar da vida, os sonhos que ficaram, as ilusões que se vão perdendo.
    Lindissimo poema.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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    1. Foi um inspirado amigo que o escreveu para oferecer aos seus colegas.
      Eu também gostei muito.

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  2. Lindo. Porque i importante são os momentos do "DIA"...ao longo de 50 anos....

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    Respostas
    1. Foram 50 longos anos depois da maravilha de uns 5 anos de faculdade em que fomos jovens que se preparavam para a vida. E tudo isso nos uniu... e depois espalhou pela vida de outros.
      Assim tenha valido a pena. Assim...

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