Contaram-me, quando era pequeno,
a história de várias estrelas,
não a história dos nomes que têm e não conhecem por nós,
sim uma história em que eram estrelas,
verdadeiras estrelas nem pregadas no céu.
Muitas vezes, ouvir contar foi só:
estar de cabeça pousada no peitoril da janela
a vê-las tremeluzir...
e tornarem-se mais salientes com o escurecer.
Muitas vezes, foi só
aceitar o frio e fechar a janela
- e, em pequeno, não era eu quem a fechava.
Jorge de Sena
Jorge de Sena
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