A noite descia,
Como um cortinado,
Sobre a erva fria
Do campo orvalhado
E eu ( fauno em vertigem,
A rondar em torno
Do teu corpo virgem,
Sonolento e morno),
Pensava no lasso
Tombar do desejo;
Em breve, o cansaço
Do teu último beijo...
E no modo como
Sentir menos fácil
O maduro pomo
Do teu corpo grácil.
Ou, sem lhe tocar
- De tanto o querer! -
Ficar a olhar ,
Até o esquecer,
Ou como, por entre
Reflexos do lago,
Roçar-lhe no ventre
Luarento afago;
Perpassando os meus,
Nos teus lábios húmidos,
Meu peito nos teus
Brancos
seios
túmidos...
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