Canto a pedir socorro.
A noite que atravesso é negra, e tenho medo.
Mas nem sequer o eco
Da minha voz
Vem ter comigo
E dar-me confiança.
Cala-se, ou foge noutra direcção,
Ansioso, ele próprio, de encontrar abrigo
E segurança.
E o canto vai crescendo de aflicção
E o canto vai crescendo de aflicção
À medida que aumenta a escuridão
E o meu terror avança.
Miguel Torga, in Diário X
E o meu terror avança.
Miguel Torga, in Diário X
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