Epígrafe
Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
lentas gotas de som no relógio da torre,
fio de areia na ampulheta vigilante,
leve sombra azulando a pedra do quadrante,
- assim se escoa a hora, assim se vive e morre...
Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,
tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a Vida
é um punhado infantil de areia ressequida,
um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...
Eugénio de Castro (1869-1944)
Grande Eugénio.
ResponderEliminarUm beijo, minha querida amiga.
O poema vale sobretudo pela conclusão...plena de melodia, entretanto.
ResponderEliminarè a música das palavras...