[05:35 - 01.01.2014]
Deitou-se com a primeira madrugada
Desse ano menino
Que não saudou
Nem desejou
A madrugada fria não a agasalhou
Nem confortou
E também não chorou
Em silêncios harmónicos
De alvores febris
Sentiu sombras de ausência
Vacilando num torpor de brumas
No inverno imperante de surdos rugidos
Havia finitos vazios de ânsia sofrida
Que chegavam devagarinho para não assustar
A gadanha inclemente e fria...
Prometera-se evitar chorar
Cansada de viver a eterna ausência
E afinal deu-se conta
De haver humidade nos olhos
E dor no coração.
Anaïs
Belo poema,amei
ResponderEliminarA ausência é quase sempre dolorosa.
ResponderEliminarBelo poema, ainda que sofrido. Gostei imenso.
Um beijo.