nasceu o dia num resplendor de bruma
céu e nuvens tamizam a claridade
a chuva cai direita em melodia doce
e ouve-se silêncio nas ruas da cidade.
pensamentos/desejos são apenas espuma
de dias a passar morrendo esmorecidos;
calo em mim cansaços de sentidos
e perco longe o olhar nas linhas do horizonte.
está mais um domingo a passear pelo monte
e mais e mais uma saudade quebrada pela bruma
se quebra em mim em eterno queixume
fantasiada de outono
diluída em espuma
amante da solidão
prisioneira das aves
carente - estática - estremecida
numa aura de espantos breves e suaves
que ligam pouco à vida...
de há muito orfã do mar
inveja só das aves o voar.
SG - (julho-2014)
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