Powered By Blogger

Translate

sexta-feira, 12 de abril de 2019

«Vidro côncavo»...



 


Tenho sofrido poesia
        como quem anda no mar. 
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia.
 Vidro côncavo
a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais. 

António Gedeão, in Poesias Completas 


*** Imagens colhidas na net.

Sem comentários:

Enviar um comentário