
No escuro,escuto a noite.
A chuva cai
como o brotar de um ai!
ou muitos, num suspiro.
De longe o incêndio ou fogo
que se tornou em água
de muita dor e amor
agora a saber ainda a mágoa.
Dormente, permanece o silêncio
no viver dos dias
estrias do encanto
que o insciente tornou pranto
pautando melodias.
E a noite escuta calada
o estranho temor
em sentir alegria
no acordar do vago torpor
da antiga agonia
refractária ainda ao sonho -
- realidade condenada
tocada de magia.
Frustrante, pensante,
morbidamente a chuva pauta o ai!
- esse suspiro anelante
...que não sai.
Sophia Guiomar, Poemetos
[16-01-2010]
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