Canção Sexta
por Joaquim Pessoa
Nós sabemos do mar a cor violenta
e o sal dentro das veias a latir.
O dia é uma ave lenta, lenta
voando sobre o Tejo. Até cair.
E nas mãos guardamos essa ave
que nos tinge de sangue o litoral.
A cor dos nossos olhos só a sabem
os que nascem aqui. Em Portugal.
Os que lutam às portas de Lisboa
respirando nas ondas e no tempo
este azul tão selvagem que magoa
as gaivotas prenhes pelo vento.
Os que tombam às portas da cidade
sobre um lençol de feridas e de fogo.
Sem nome. Sem culpa. Sem idade.
Que assim morrem os homens deste povo.
por Joaquim Pessoa
Nós sabemos do mar a cor violenta
e o sal dentro das veias a latir.
O dia é uma ave lenta, lenta
voando sobre o Tejo. Até cair.
E nas mãos guardamos essa ave
que nos tinge de sangue o litoral.
A cor dos nossos olhos só a sabem
os que nascem aqui. Em Portugal.
Os que lutam às portas de Lisboa
respirando nas ondas e no tempo
este azul tão selvagem que magoa
as gaivotas prenhes pelo vento.
Os que tombam às portas da cidade
sobre um lençol de feridas e de fogo.
Sem nome. Sem culpa. Sem idade.
Que assim morrem os homens deste povo.
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