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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Interrogação



Porque te fechas se te bato à porta?
Porque me deixas só no meu caminho
E não vens ter comigo, noite morta,
A este exílio onde moro sozinho?

Porque ficas aí emparedado
Sem ver os mortos que te pedem vida?
Porque não olhas já meu corpo inanimado
Que te pede um alento na subida?

Ninguém responde. A noite vem descendo
E a voz, a mesma voz, se vai perdendo.
Fica o Silêncio... a Morte...o Nada, enfim!

O Silêncio, essa voz que não diz nada:
Deus a esconder a face envergonhada
De nos ter feito assim!...

Luís Correia da Costa




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