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sábado, 22 de maio de 2010

Folhas rubras na corrente




Seixos que a vida rolou na transparência do ser
Testemunhos hirtos e mudos de sonhos lassos
Docemente esparsos na friagem do entardecer
Onde são egoisticamente proibidos os abraços
Na angustiante sem razão dum mesmo querer...

Arrastadas em pureza cristalina
As rubras folhas ardem
Sob o céu de veludo macio
Azulíneo e indiferente
À passagem
Do rio
E à vida da gente...


Sophia Guiomar, Poemetos

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