Nada do mundo me é segredo ainda:
tudo já sei, já espero, ou o que acontece
apenas do imprevisto se ilumina
de quanto aqui se repetiu diverso
mas tanto não que a estupidez humana
a mesma não pareça que conheço.
Perdi toda a inocência, todo o espanto,
e todo o encanto de que a vida ferve
o pouco juvenil de horror e anseio
e de prazer também, com que chegamos,
vazios e sem nada, ao passo extremo
que só de inútil tempo se prolonga.
Bogna Patrycjia Altman
Quanto melhor seria ter servido
alguma ideia, um deus, qualquer senhor,
bem falsos ou mundanos , e traíveis
nesse fingir de crença ou lealdade
com que a miséria humana se imagina
mais rica e nobre do que o nada oculto!
[...]
Jorge de Sena, in 40 anos de servidão
Belíssimo poema
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco