Nas noites de inverno, quando a geada cai
Nem sequer se ouve o ladrar de um cão;
Por baixo do céu enorme e luminoso
A lua, hirta como um pedaço de metal,
Brilha, gélida e imóvel.
Sucede, porém , por vezes, ouvir-se
Um cão que, não se sabe porquê,
Uiva longe, muito ao longe,
Lá no fundo, sob a lua indiferente,
Como se o som subisse do fundo do inferno
Quando a geada cai, nas noites de inverno.
[Tradução livre do poema de Maurice Carême, Quand la nuit gèle]
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